terça-feira, 6 de abril de 2010

"Os 'Zecas' da tv brasileira"

"...Sensacionalismo é, enfim, fazer apelo a reações mais baseadas na emoção do que na razão, trazendo sentimentos primários à tona, simplificando polêmicas em vez de fornecer elementos que permitam pensar, compreender, formar opinião..."

Aposto que você conhece programas que abusam do termo descrito acima. Seja na programação do canal a cabo ou da tv aberta, os "jornalistas" que comandam esse "circo dos horrores", são um espetáculo à parte.

Pois bem, a notícia em si envolve a tão famosa "sociedade do espetáculo" de Debord e um "jornalista", um "Zeca" da tv brasileira. Tudo começou com o blog 'Crítica de Ponta'. Elaborado por alunos do 2o. ano de Jornalismo da UEPG em Ponta Grossa (PR), o blog publicou um texto com críticas a um programa, nesse caso, o 'RP2' exibido pela TV Vila Velha.


Confira o trecho do post de Lucas Nobuo Waricoda.

"O programa 'RP2', que vai ao ar pela TV Vila Velha, do sistema a cabo de Ponta Grossa, é um dos exemplos do que há de mais sensacionalista na mídia dos Campos Gerais. Apresentado pelo 'repórter policial' Zeca, RP2 procura os acontecimentos que envolvem escândalos policiais, dando lado à violência geralmente explicita, além de outros assuntos tratados com uma linguagem exageradamente coloquial.

Não se sabe ao certo se o programa quer realmente ser levado a sério, pois trata os assuntos com parcialidade e, por vezes, não parece manter respeito com os indivíduos citados nas matérias.

No decorrer do programa, é notável a “mobilidade” com que o apresentador trata os temas pautados, passando uma impressão de que nada do que se fala está certo ou pré-estabelecido. Imagens de bêbados, ladrões, prostitutas e traficantes dividem a atenção com reportagens sobre os mais diversos tipos de acidentes. Quanto pior o acontecimento parece maior o esforço para registro e transmissão.Ficam na tela os rastros de uma tentativa de jornalismo policial e investigativo, talvez distorcidos pela de audiência. O programa jornalístico fica, assim, comprometido por abordagens nem sempre, de fato, jornalísticas. "

Só que não ficou nisso... o "Zeca" com toda sua ética jornalística de "formador de opinião", defendeu-se.

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