terça-feira, 3 de julho de 2012

A maldição do segundo CD

Qual é o segredo do sucesso?
Para chegar ao estrelato no cenário musical, uma personalidade – banda, grupo ou cantor (a) – passa por uma verdadeira batalha para vencer e fazer sucesso. Mas para se manter no topo, o artista enfrenta uma verdadeira guerra.

Inúmeros cantores deste “mundo de meu Deus” se tornaram moda. Lançaram seus primeiro álbuns recheados de hits chicletes, foram considerados os reis do segmento e eternos para a indústria fonográfica, porém chegou o segundo CD e... o esquecimento, por parte do publico, bateu a sua porta e o ostracismo invadiu a vida profissional dos mesmos.

Por onde anda a nossa
querida Duffy?
Este infeliz incidente é conhecido mundialmente como a “Maldição do Segundo Disco”. E este estigma acarretou a queda de diversos artistas nacionais e gringos. Um dos mais recentes é o da britânica Duffy.

Aimée Ann Duffy apareceu em 2008, com uma voz aguda, um som que misturava o soul com o rock e um álbum intitulado “Rockferry”.  

Na época, o CD foi considerado um dos melhores do ano e vendeu mais de 2 milhões de cópias, somente no Reino Unido.

Mas dois anos depois do seu trabalho de estreia, a galesa lançou o iceberg “Endlessly”... pronto, onde está Duffy?

O álbum de 2010 não repetiu o sucesso de “Rockferry” e vendeu apenas 200 mil unidades no ano de seu lançamento. Isto, prejudicou profundamente o futuro profissional da loira.

O jornal britânico “Daily Mirror” até publicou em 2011, que a dona do hit “Mercy” abandonaria a carreira, devido ao fracasso de seu derradeiro CD. E desde então, não soubemos mais nada da moça.


E este “fantasma” assombra não só os grandes nomes da musica, mas também seus fãs. Durante uma entrevista a MTV Brasil no ano passado, Julian Casablancas do Strokes, afirmou que recebeu pedidos depois do lançamento do CD "Room on Fire", para não cair na “maldição”. “No segundo disco, as pessoas falavam: Vocês precisam gravar rápido, senão vão desaparecer. Acho que até gravamos rápido demais”, contou o vocalista da banda nova yorkina.

Mas existem aqueles que sentiram o turbilhão do trabalho pós estréia, mas se redimiram na gravação posterior. Este é o caso da banda Blur.

Tony Wadsworth
ex-presidente da gravadora
EMI Music
Em entrevista ao jornal Folha de São Paulo, o ex-presidente da gravadora EMI Music Tony Wadsworth citou que o grupo britânico trabalhou em algo inovador, até o publico entender. “A maldição do segundo álbum quase pegou o Blur, mas na verdade terminou por fortalecê-los”.

E ainda concluiu: "A banda precisa recomeçar, batalhar de novo, mas é crucial que acredite em seu processo criativo. Ninguém deveria colocar todas as suas melhores canções no álbum de estreia. Dylan e os Beatles sempre retinham alguma coisa. E também não se deve assustar as pessoas. No caso do Coldplay, cada disco vendeu mais que o precedente. Isso não é comum. A banda sempre progrediu, mas manteve a essência daquilo que é nas novas canções. Isso permitiu que mantivesse o apoio das rádios, o que é essencial", disse.

Para finalizar, nos questionamos sobre o real significado deste infortúnio. Será que é realmente uma “maldição” ou nomes como o da britânica Duffy, não conseguem se renovar? Esta indagação é curiosa, já que o segundo disco é considerado o mais importante da carreira, pois define o real gênero musical do artista.

Pensando nisto, a revista americana “York Vision” publicou em 2010:
Então, existe a crise segundo álbum ou é apenas uma desculpa de músicos decepcionados com a perda repentina de glória? Para a maioria, a evidência é inconclusiva”.


#VoltaDuffy

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